Cefaleia não é um diagnóstico e sim um sintoma. Vem do grego, e é o mesmo que “dor de cabeça”. É o segundo sintoma mais comum da medicina.
De acordo com a “Classificação Internacional de Cefaleia”, temos mais de trezentas causas para a mesma. Logo, não é tarefa fácil chegar-se a um diagnóstico correto sem uma minuciosa investigação.
Diagnóstico
O diagnóstico é o conjunto de sinais e sintomas que configuram uma doença bem estabelecida.
Por exemplo: ENXAQUECA é uma doença bem estabelecida. É o segundo tipo mais comum de dor de cabeça primária (que é uma doença por si só, sem nenhuma outra causa).
Para chegar a este diagnóstico, o Médico precisa de uma série de informações:
Há quanto tempo o indivíduo tem a dor?
Início agudo? É recente?
Súbito? Insidioso (foi aumentando num curto ou longo período)?
Está igual desde o início? A dor se modificou de alguma forma? Piorou progressivamente?
Se piorou, há quanto tempo?
Qual o local da cabeça? Unilateral? Bilateral? Parte da cabeça ou cabeça toda? Tem irradiação para alguma outra região (pescoço, face, olho)?
Quais os outros sintomas e sinais que acompanham a dor? Por exemplo: náuseas e ou vômitos, piora com a luz e ou barulho, piora com certos odores, piora com exercícios, tonturas, presença ou não de desmaios, aumento na sensibilidade do couro cabeludo, presença ou não de febre, formigamentos ou alteração de visão precedendo a dor
Qual a duração da dor?
Qual a frequência? Quantas vezes por mês ou por semana? É diária? Contínua?
Fatores precipitantes, como por exemplo: nervosismo, jejum prolongado, dormir pouco, dormir mais do que o habitual, período pré-menstrual, certos tipos de comida e certos tipos de bebida, mudança brusca de temperatura, uso de certos medicamentos, retirada abrupta de certos medicamentos.
Doenças crônicas em tratamento ou presença de sinais e sintomas de outras doenças ainda sem diagnóstico (agudas e crônicas).
Antecedente familiar de Enxaqueca e outras doenças.
Estado emocional do paciente, em decorrência de situação familiar, emprego, conflitos, higiene do sono, tipo de alimentação.
Exame físico geral: para avaliar se a cefaleia é resultante de alguma doença clínica sistêmica ou da região da cabeça e pescoço.
Exame físico neurológico: avaliar alguma anomalia no sistema nervoso, que requeira um exame mais específico.
Após analisar todos estes dados, o Médico especialista pode finalmente fazer a Hipótese Diagnóstica, levando em consideração as mais de trezentas causas de cefaleia.
Exames de imagem, de sangue, urina e liquor serão solicitados, no intuito de descartar outras doenças e confirmar a Hipótese diagnóstica.
Geralmente não há necessidade de exames subsidiários para a confirmação de Enxaqueca. Mas estes devem sempre ser realizados no caso de dúvida.
Ao procurar um especialista, procure oferecer as informações acima, da melhor forma possível, pois o diagnóstico será muito mais rápido e menos exames serão necessários.
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