Existem uma quantidade enorme de modelos de travesseiro no mercado, nos mais variados formatos e altura e por isso deve se levar em consideração alguns aspectos para realizar a escolha do travesseiro ideal e garantir uma noite de sono agradável e reparadora.
A maneira como o indivíduo dorme é importante no desencadeamento ou agravamento de dores na coluna, pois em média o sono ocupa um terço de toda a vida. Devemos saber que a coluna vertebral vista de frente ou de trás é reta ou pode mostrar suaves curvaturas, mas vista de lado exibe curvaturas normais mais acentuadas que se desenvolvem ao longo da vida.
A função do travesseiro é alinhar a coluna cervical com o tronco. Esse alinhamento correto permite que haja uma circulação sanguínea mais livre e que os estímulos do cérebro sejam enviados ao corpo normalmente.
Posições de dormir
O travesseiro deve acomodar a lordose cervical quando a pessoa se deita de costas, mas deve manter o alinhamento quando a pessoa se deita de lado. A pessoa ainda pode colocar outro travesseiro entre as pernas para que a coluna não fique torcida com o peso da perna de cima e ajuda a melhorar a postura e pode dar resultado em apenas uma semana.
Não se recomenda dormir na posição de barriga para baixo, além de deixar o corpo reto também, da mesma forma que a primeira posição, ainda tem o agravante do pescoço. Ao se deitar de lado, você precisa se virar para respirar, torcendo o pescoço cerca de noventa graus. De barriga para cima, com travesseiro baixo, é considerada uma boa posição para dormir.
Os braços podem ser deixados ao lado do corpo ou sobre o abdome, mas não é indicada para quem ronca muito porque favorece a apneia e também não ajuda muito para pessoas que tem problemas de refluxo. Nesses casos, é melhor dormir de lado.
Uma forma de garantir um relaxamento das pernas é colocar um travesseiro embaixo dos joelhos, o que permite que eles fiquem menos extendidos, relaxando os músculos da lombar e das coxas. Já os braços, ao deitar-se de barriga para cima, devem ficar ao longo do corpo, ou com as mãos pousadas levemente sobre o abdômen
Deitar sem travesseiro não é aconselhável, inclusive para quem está com tensões ou dores no pescoço. As dores são causadas pela má postura e falta de alongamento. A falta de travesseiro ou a escolha errada causará mais pressão no pescoço e fazer com que a pessoa mexa mais durante a noite, prejudicando todas as fases do sono.
O colchão também deve acomodar as curvaturas da coluna ou as saliências do corpo, de modo que não esforce a coluna em curvaturas excessivas ou desvios do seu alinhamento, nem determine pressão demais em algumas áreas.
O corpo humano se adapta facilmente a qualquer tipo de travesseiro, mas, ao longo prazo, uma má escolha irá gerar alterações na postura. Quem dorme sem travesseiro ou com um travesseiro errado pode não sentir nada no curto prazo. Mas, com certeza, terá descompensações musculares e posturais.
Também é preciso ficar atento à certificação do Inmetro. A altura do travesseiro deve ser igual à distância entre a ponta do ombro e a base do pescoço. Se for alto ou baixo demais, o pescoço ficará inclinado e causará problemas.
O mau alinhamento pode causar cefaleia (dor de cabeça), sintomas de irritabilidade durante o dia e, a longo prazo, deformidade na região cervical, hérnia de disco, encurtamento muscular na região cervical e outros problemas. Sintomas como dores na região cervical e torácica são sinais de que pode estar no momento de trocar o travesseiro.
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Tipos de travesseiro
Espuma comum: Tende a se ajustar à cabeça, podendo "afundar" com o tempo, perdendo altura e densidade.
Viscoelástico: Conhecido como travesseiros da "Nasa", se molda facilmente à cabeça. Além disso é antipressão, o que significa que não há resistência contra o peso descansado sobre ele.
Látex Natural: Produzido a partir da seiva da seringueira, apresenta maior elasticidade e suporte. Tem temperatura sempre inferior à do corpo. É indeformável e lavável.
Látex de Poliuretano: Produzido com espuma de poliuretano, apresenta o mesmo toque e elasticidade do látex natural. Porém, suas células tendem a se conformar com o uso. Não é lavável.
Fibras sintéticas: São os de preço mais acessível, mas, geralmente, têm vida útil curta. Noite após noite, a tendência é de que fiquem cada vez mais baixos. É lavável.
Penas e plumas: São macios, mas podem gerar alergias em algumas pessoas.